Já não sei das lutas
que passaram o meu corpo
das glândulas
da rotina
das células
do tempo nascendo
sumindo
escapando da palma da mão.
Sangue
sentimentos
neuroses
olhos humanos
o amor inevitável
é o meu tempo.
O tempo corre comigo
no espaço do dia
Dia de orgia
temporal
até que as coisas
se apascentem
e se assentem
no tempo.
O tempo e o vento
tira teias e traças.
Na boca do mundo
areia e aranhas
mata-me essa agonia
de matar o tempo.
Minhas mãos
já nem tecem e nem fiam
desfiam simplesmente
um rosário sem contas.
Paulo Tácito
Adoro os escritos do Paulo ... sensibilidade pura ... parabéns pela escolha e por compartilhar esta joia rara por aqui ...
ResponderExcluirbjux
;-)
As vezes nos sentimos assim sem saber o que fazer e nem para onde ir.
ResponderExcluirA poesia coloca muito bem esse vazio, gostei.
Bjs
Gê